Sopa de Foi
Depois de muito tempo, tomei a sopa. Sei lá, foram meses de conflitos, juras de bom cozimento, ingredientes saudáveis e outros descartáveis. Mas tomei. Apesar das coisas que sempre conspiram contra a receita, eu sabia que de uma forma ou de outra o prato estaria servido ao fim da noite. E foi! Simplesmente foi, talvez não do jeito que eu esperei que fosse, mas foi. Sopa intensa, bem temperada, movimentada. Foi.
Depois que você dá espaço para que a receita se concretize, a primeira sensação é de dever cumprido. A sopa está ali, bela, servida, degustável. O que geralmente eu não sei pensar é no depois. Sou daqueles que usa muito o carpe diem para viver, então nem sei se amanhã tomarei a mesma sopa ou se meu desejo por novas descobertas e novos cogumelos alucinógenos prevaleçam quando o assunto é o uso ou não do flashback.
Não é nem uma questão de querer ou não, mas sim uma questão de conveniência. A gente tem que saber até que colherada dar. Vivemos em uma cozinha em que muita coisa acontece o tempo todo, sempre uns fatos se sobrepondo aos outros. E nessa mistura de tanta coisa, de tanto sal e pimenta, cria-se uma confusão do que deve ser usado ou não.
Daí mais uma vez voltamos ao ponto inicial desta sopa: o conflito, a confusão do começo de tudo, que gerou o resto de tudo e culminou no foi. Viver tudo de novo? Nem sei ó. Não penso nisso, muito menos no fato desse post ter ficado confuso. É a confusão generalizada. E nem comi o cogumelo. Preferi não comer. Recusei, mas pus a mão.
No radinho da cozinha:
Maroon 5 - Better That We Break
2 comentários:
no 1° parágrafo: já tive isso. mesmo sabendo das confusões e empaces, sabia q no final 'o prato estaria servido'.. e foi até bom, acho q o de todo mundo acaba sendo bom.
sim, adorei o: "recusei o cogumemelo mas pus na mão".
hahaha genial!
Muito boas as metáforas. Adorei!
Beijo
PS: Adorei também o que você estava ouvindo no radinho da cozinha!
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